📅 29 abr 2025

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Lei de prisão obrigatória de imigrantes suspeitos nos EUA pode custar US$ 26,9 bilhões e criar 110 mil novas vagas em prisões

Projeto de lei exige detenção de imigrantes acusados de crimes menores, como furto, e pode sobrecarregar o sistema prisional e orçamentário dos EUA.

Um novo projeto de lei nos Estados Unidos, que exige a detenção de imigrantes ilegais suspeitos de crimes como furtos e agressões violentas, pode resultar em um custo de até US$ 26,9 bilhões (aproximadamente R$ 160 bilhões) no primeiro ano de implementação. A medida também exigiria a construção de 110 mil novas vagas nas prisões. A proposta, que já foi aprovada pela Câmara dos EUA, deve ser a primeira a ser sancionada pelo presidente Donald Trump em sua gestão.

A legislação obriga autoridades federais a prender qualquer imigrante preso ou acusado de crimes como roubo em lojas, com a extensão da proposta no Senado, que inclui também aqueles acusados de agredir policiais ou cometer crimes violentos.

O Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) expressou preocupações sobre a viabilidade da medida, já que o Congresso não destinou recursos adicionais para cobrir os custos de implementação.

A lei, nomeada “Laken Riley” em homenagem a uma estudante de enfermagem assassinada em 2024 por um imigrante ilegal venezuelano, busca aumentar o controle sobre a imigração ilegal e reforçar a deportação de criminosos. A estimativa de custos totais do governo para implementar as políticas de Trump na fronteira, incluindo a Lei Laken Riley, é de cerca de US$ 100 bilhões.

Em paralelo, Trump também assinou uma ordem executiva que visa fechar a fronteira com o México para impedir a imigração, com o objetivo de deportar milhões de migrantes sem status legal permanente. Além disso, ele cancelou programas de acolhimento de refugiados e pretende processar autoridades locais que não aplicarem suas novas políticas de imigração.

Embora Trump tenha feito da repressão à imigração ilegal um tema central de sua campanha, estudos de especialistas demonstram que os imigrantes não cometem crimes em uma taxa maior do que os cidadãos americanos. A imigração e a segurança nas fronteiras continuam sendo questões prioritárias para eleitores e legisladores nas eleições recentes.

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